Principais festas populares brasileiras

A cultura brasileira é rica em mitos, lendas e tradições que são expressos por meio das festas populares que todo ano tomam as ruas do Brasil com muita cor, música e dança.

No Instituto Aracatu, o envolvimento do aluno com a cultura brasileira é uma de nossas prioridades. Além de abordar as diversas tradições do Brasil na sala de aula, levamos os alunos até as manifestações culturais brasileiras, seja por meio de passeios ou indicações. Ao longo dos anos, os alunos nos acompanharam em visitas a lugares históricos e festa únicas do Brasil. Patrocinamos até bloco de Carnaval!

Por isso, o Aracatu traz neste texto as principais festas tradicionais brasileiras para você conhecer um pouco mais da nossa cultura! Não se esqueça de comentar e contar pra gente quais festas brasileiras você mais gosta e quais deveriam entrar nessa lista!

Lavagem do Bonfim

Toda segunda quinta-feira de janeiro acontece a Lavagem do Bonfim, uma das festas mais importantes do Candomblé. Em Salvador, capital do estado Bahia, cerca de 800 mil fiéis trajando branco seguem uma procissão de 8 km que parte da igreja Conceição da Praia rumo a igreja de Nosso Senhor do Bonfim.

Ao chegarem, as mulheres baianas lavam a escadaria da igreja de Nosso Senhor do Bonfim com água de cheiro para homenagear Oxalá, orixá mais importante do Candomblé e representante do Senhor do Bonfim.  Após lavar a escadaria, as baianas despejam a água de cheiro na cabeça dos fiéis como símbolo de esperança.

Folia de Reis

Essa festa popular brasileira inicia-se em 24 de dezembro (véspera de Natal) e termina dia 6 de janeiro, e ela acontece em diversas partes do Brasil.

A Folia de Reis comemora a visita dos três reis magos (Melchior, Baltasar e Gaspar) ao menino Jesus. Assim, é formado um grupo da folia composto por um embaixador, um contramestre, os três representantes dos reis magos, palhaços, alfeires e os foliões. O grupo da folia realiza um desfile pelas ruas da cidade, no qual cantam diversas músicas típicas e proclamam versos.

O grupo da folia visita a casa dos fiéis, que preparam donativos e comidas típicas para os visitantes. Após receberem os presentes, os integrantes da Folia agradecem com modas de viola e danças como a catire e o cateretê.

Carnaval

A festa popular brasileira mais famosa no mundo todo é o Carnaval. São 4 dias oficiais de festa, que a cada ano varia entre fevereiro e março, e que toma conta das ruas do País. Cada região manifesta suas particularidades durante o carnaval, fazendo dela uma expressão rica da pluralidade brasileira.

Acontecem durante os 4 dias em todo o Brasil os blocos de rua com variados temas que levam multidões às ruas para festejar. O Instituto Aracatu teve o prazer de patrocinar um bloquinho de Carnaval em fevereiro de 2015 e proporcionar aos seus alunos uma verdadeira experiência carnavalesca.

Além dos blocos, há desfiles competitivos de escolas de samba no Rio de Janeiro e São Paulo que trazem ao sambódromo um show de fantasias e carros alegóricos. Também são famosos os trios elétricos em Salvador, na Bahia.

Festa Junina

Originalmente conhecida como Festa de São João, a festa junina também traz suas particularidades em cada estado brasileiro.

No Sudeste, há as tradicionais quermesses, compostas por barracas de comidas típicas e brincadeiras. Já no Nordeste, ocorrem competições de grupos de danças típicas que movimentam toda a cidade. 

No entanto, em todas as celebrações juninas há a decoração tipicamente roceira, com bandeirinhas coloridas e uma grande fogueira.

Boi-Bumbá ou Bumba meu Boi

Desde o século XVIII, essa festa é celebrada no estado brasileiro de Maranhão. Essa festa popular celebra a lenda do Boi-Bumbá que conta sobre o milagre da ressurreição do boi mais bonito de uma fazenda, que foi morto para satisfazer o desejo de uma mulher grávida de comer língua bovina.

A festa é composta por desfiles, danças e músicas, assim como representações teatrais da lenda.

Festival de Parintins

Principal festividade amazônica e uma das mais belas do Brasil, o festival da cidade de Parintins mobiliza cerca de 35 mil pessoas ao Bumbódromo (estádio no formato de uma cabeça de boi). Durante 3 dias da última semana de junho, o estádio divide-se em dois times: o Boi Caprichoso, representado pela cor azul, e o Boi Garantido, representado pela cor vermelha. Assim os dois competem pelo posto de mais belo por meio de apresentações extravagantes de danças e carros alegóricos que celebram os principais folclores do Norte do Brasil.

Festa do Peão de Barretos

Durante mais ou menos 10 dias de agosto, a cidade de Barretos no interior de São Paulo recebe mais de 30 mil pessoas para a Festa do Peão. As festividades incluem shows sertanejos, rodeios e muita comida.

Festa do Congado

Também conhecida como Congada, essa festa popular é tipicamente mineira. É composta por diversos rituais em homenagem à Nossa Senhora do Rosário, protetora dos africanos feitos escravos no Brasil.

Durante as comemorações é realizada a coroação de um rei ou rainha do Congo, assim como músicas e danças que simulam lutas e histórias do povo africano trazido ao Brasil durante a colonização.

Círio de Nazaré

Essa festa católica é uma das maiores procissões do mundo. Ocorre em Belém do Pará há mais de 200 anos no segundo domingo de outubro. Mais de 2 milhões de romeiros seguem pelas ruas por 3,6 km, celebrando Nossa Senhora de Nazaré. Em 2004, por exemplo, o mesmo percurso, da Catedral de Belém até a Praça Santuário de Nazaré, durou nove horas e quinze minutos devido o número recorde de fiéis presentes.

Oktoberfest

Por mais que a festa seja originalmente alemã, a festa popular da cerveja brasileira consolidou-se como uma das maiores Oktoberfests do mundo.  Aqui no Brasil, o festival ocorre na cidade de Blumenau em Santa Catarina e é composta por desfiles, trajes típicos, danças, jogos e diversas comidas típicas.

Na hora de ensinar, qual habilidade escolher para o aluno dominar primeiro?

Sabemos que, em um ensino de línguas estrangeiras, o desenvolvimento das 4 habilidades linguísticas (ouvir, falar, ler e escrever) tem que ser abrangido. E que o objetivo do ensino dessas línguas é fazer com que o aprendiz/aluno possa se comunicar, interando-se com a sociedade da língua-alvo. Ele deverá ter um conhecimento básico da língua e da cultura para poder reagir como se fosse um nativo sem, com isso, ter que ter a pronúncia proficiente de um nativo ou atuar como tal. O sotaque demonstra um ato de coragem da pessoa de mergulhar em um universo desconhecido.

A boa decodificação do enunciado do “input” leva à compreensão da mensagem e posterior “output”. Para que isso ocorra de maneira eficaz, o ouvir tem que ser trabalhado para que os novos sons da língua-alvo sejam reconhecidos e compreendidos.

·      Por que ouvir é a primeira habilidade a ser desenvolvida?

É importante que se desenvolva no aprendiz/aluno o ouvir com compreensão ao nível do significado intrínseco à mensagem, ou seja, o significado global da mensagem.

Tem-se que desenvolver nele a habilidade de audição e compreensão para que, assim, sua comunicação oral ocorra com boa pronúncia, boa entonação (mais importante que a pronúncia pois pode alterar o significado da mensagem) e bom “stress”.

·      Por que é importante que o aprendiz/aluno seja treinado para a audição?

 Porque, por exemplo, alguns sons são pronunciados mais distintamente que outros; em alguns vocábulos pode ocorrer a troncação; certas palavras mudam a pronúncia dependendo do seu significado; alguns fonemas desaparecem na fala e outros são introduzidos.

·      E como treinar o aprendiz/aluno?

Jamais pronunciar palavra por palavra: deve-se falar normalmente, um pouco mais pausadamente para os iniciantes, dando ênfase à entonação e ao “stress”. Na sala de aula, o treino auditivo está sempre presente, desde a primeira aula, seja qual for o assunto. O professor pode escolher fazer um “extensive listening”, em que o objetivo é saber se o aprendiz/aluno foi capaz de perceber os fatos mais importantes do texto oral ou um “intensive listening”, com objetivos específicos de significado, gramática, pronúncia, vocabulário, para criar, no aprendiz/aluno, uma sensibilidade em relação à estrutura da língua.

Fundamental é não se esquecer que a contextualização, a utilização de recursos visuais e a sequência lógica do pensamento facilitam, sobremaneira, a compreensão oral. Com um bom ouvir, a habilidade de falar terá seu “output” facilitado, ocorrendo mais rapidamente e com mais auto-confiança do aprendiz/aluno.

Iracema Guimarães

Fundadora do Instituto Aracatu

Meu aluno está pronto para ler?

Quando posso pedir ao meu aluno para ler?

 

Essas são perguntas que o professor de segunda língua muitas vezes se faz.

 

A habilidade de ouvir precede a de falar, assim como a de ler precede a de escrever.

 

Para a aquisição de um conteúdo ocorrer, é necessário o entendimento da mensagem. Por isso, o professor tem de facilitar ao aluno/aprendiz o entendimento do que lhe está sendo dito. Após ter compreendido a mensagem, ele será capaz de reproduzi-la no mesmo contexto ou em outros diferentes aos quais seja exposto. Ao ver essa mensagem transcrita, o aluno/aprendiz terá prazer em lê-la e ver que consegue identificar a correspondência fonema/grafema em uma língua não materna.

 

A leitura de uma estrutura já reproduzida oralmente pelo aluno/aprendiz ajuda na sua fixação. O estímulo visual da leitura é um facilitador da memorização. A leitura também conscientiza a reprodução dos fonemas, a relação grafema/fonema, sendo esse um bom momento para treino de pronúncia. Não se deve interromper a primeira leitura de um enunciado para não inibir o aluno/aprendiz. Deve-se, em seguida, melhorar os aspectos fonéticos e de entonação para que ele possa repeti-lo mais corretamente.

 

Até chegar o momento em que o aluno/aprendiz, sozinho, lerá um texto complexo, seja literário ou não, na língua-alvo, há um caminho a ser percorrido. Nesse caminho, o professor precisa facilitar o entendimento da cada texto apresentado antes de sua leitura. Não é só o vocabulário que dificulta a compreensão; muitas vezes, é a estrutura da frase, o uso de orações reduzidas. Detectar os pontos de dificuldade e criar atividades pré-leitura é papel do professor para que a habilidade de ler na língua-alvo seja prazerosa e não frustrante.

 

Iracema Guimarães

Fundadora do Instituto Aracatu

Pausa para o café

O café faz parte da rotina brasileira. Um bom cafezinho faz toda a diferença pra começar o dia! O Brasil é o maior produtor e o segundo maior consumidor de café do mundo e faz dessa bebida um ritual diário e um pretexto para se reunir com os outros, o bom “vamos sair pra um café!”. O café faz parte da história brasileira desde o século XVIII; o que iniciou como uma das maiores fontes econômicas do Brasil hoje faz parte de nossa cultura e do dia a dia do brasileiro.

No Instituto Aracatu, a cultura brasileira está em nossa essência, e o café não está de fora! Sabia que estudar português no Aracatu custa menos que um Starbucks por dia?!

Então, pega um cafezinho e leia o texto para conhecer sobre o café brasileiro e como ele está envolvido na rotina brasileira!

 

História do café

O café chegou ao Brasil em 1727, precisamente na cidade de Belém a pedido do governador do Maranhão e Grão Pará. Com um grande valor comercial desde aquela época, a produção de café se espalhou pelo Brasil para ser oferecido principalmente ao mercado doméstico. 

Favorecido pelo clima, o café se estabeleceu como base da economia brasileira em 1825, passando a ser exportado regularmente para a Europa. Devido à expansão dos cafezais, cidades no interior do Estado de São Paulo e do sul de Minas Gerais foram desenvolvidas e ligadas aos principais portos brasileiros por ferrovias.

A elite cafeeira, representada pelos barões do café, prosperou e contribuiu com a construção de diversos teatros nas novas cidades, um dos maiores exemplos é o próprio Theatro Municipal de São Paulo.

O ciclo econômico do café brasileiro terminou em 1870, no entanto até hoje a produção cafeeira no País continua forte, fazendo do Brasil o maior produtor de café do mundo.

Quer saber mais sobre a história do Brasil? Nas aulas de português no Aracatu, ensinamos um pouco das raízes históricas brasileiras para explicar a cultura atual do País. Além disso, oferecemos um curso totalmente focado em cultura brasileira.

Café na rotina brasileira

Não há brasileiro que resista a um bom cafezinho. O café está presente em todos os lugares: nas casas, salas de espera, escritórios e ao final de grandes eventos. Existem diferentes preparos e acompanhamentos, mas o café brasileiro mais famoso é coado e servido puro. 

Desde o início do dia, o café é protagonista da primeira refeição do brasileiro, seja em casa ou na padaria. Seguindo a rotina, há muitos que tomam o café logo após o almoço para melhorar a digestão, por isso a maioria dos restaurantes brasileiros serve café comumente como cortesia. O café está presente também no tradicional café da tarde brasileiro, misturado com leite e chamado de “pingado”, essa refeição é consumida também com pães e bolos doces.

O café brasileiro também acompanha reuniões de negócio e encontros entre amigos e familiares. É comum, ao visitar uma casa brasileira, receber o convite a um cafezinho.

O café puro é servido tradicionalmente também ao final de formaturas, bailes formais e casamentos.

Em todo canto no Brasil o cheirinho de café servido é presente, ele é o marco inicial da rotina brasileira e pretexto pra encontros e reuniões em todo o País.

Vem tomar um café aqui no Aracatu e conhecer a gente!

Comenta aqui embaixo qual o melhor momento para tomar um cafezinho...

Meu aluno pode falar português desde a primeira aula?

Com certeza!! Se a mensagem tiver sido ouvida com clareza, com entendimento, contextualizada e ilustrada, o aluno/aprendiz vai ser capaz de reproduzi-la.

A primeira produção, normalmente, é a repetição do modelo falado pelo professor. Depois, o aluno/aprendiz pode fazer uma substituição em contexto, no paradigma, ser desafiado a dar uma resposta diferente da do modelo, até chegar à produção espontânea da sua mensagem, adaptada ao nível de fala exigido pela situação onde ela ocorrer.

Ao fazer a substituição no paradigma, o aluno/aprendiz percebe a ordenação frasal e descobre as categorias gramaticais, aumentando seu repertório linguístico, o que vai lhe proporcionar mais autonomia e espontaneidade na fala e, posteriormente, na sua escrita.

E a correção da pronúncia?

Tendo o aluno/aprendiz sido apresentado aos sons específicos do Português do Brasil que caracterizam a sua pronúncia, sua fala vai ser facilitada. Não é aconselhável que se corrija tudo ao mesmo tempo. Deve-se optar por um ou dois fonemas por vez, para que o aluno/aprendiz não se sinta intimidado para falar. Ele tem que ter liberdade de errar!

Um melhor momento para a correção da pronúncia é o da leitura, mais do que o da fala. Quanto mais livre a fala for, mais natural será.

Iracema Guimarães

Fundadora e Diretora Pedagógica